domingo, 8 de outubro de 2017

Resenha Do Livro "Malévola"


Hey Disney Lovers!

Nossa resenha de hoje, em parceria com a editora Universo dos Livros (que está trazendo os livros da Disney para o Brasil), é do livro "Malévola", escrito por Elizabeth Rudnick baseado no filme de sucesso estrelado por Angelina Jolie.

Vamos lá!


Lançamento: 12 de junho de 2017 (Brasil)
Páginas: 255
Autor: Elizabeth Rudnick (baseado no roteiro do filme escrito por Linda Woolverton)
Tradutor: Cristina Calderini Tognelli
Editora: Universo dos Livros

"Malévola era conhecida no reino dos Moors como uma jovem alegre e doce. Ela acreditava na bondade inerente a todos os seres, mas tudo muda quando experimenta o amargo sabor da traição vinda de onde menos esperava. Para lidar com a decepção e proteger seu coração, Malévola decide se vingar e enfrenta uma batalha épica contra o rei ao maldizer Aurora, sua filha recém-nascida.
Mas nem tudo é o que parece. Será que ainda existe amor no coração petrificado dessa suposta vilã? O que será que ela pensa e sente ao acompanhar de perto o crescimento da indefesa e pura princesa que outrora amaldiçoou? Descubra nesse livro a verdade por trás dessa história..."


Primeiro de tudo, devo dizer que quando o filme "Malévola" foi lançado e eu o assisti, não curti muito. A ideia de contar uma história clássica do ponto de vista de uma vilã é maravilhosa, mas escolher justamente a Malévola para isso e torná-la boa não me pareceu uma boa execução. 

Malévola é uma vilã icônica da animação "A Bela Adormecida", de 1959. Ela é sarcástica, que está sempre pronta para a batalha e que odeia o rei, as fadas e a princesa; mexer nessas características dela para recontar a história a princípio me pareceu um erro. A começar por seu nome, Malévola. O nome da vilã já soa forte, de característica malvada. Como dizer que alguém cujo nome é esse nasceu com o coração bom? A vilã na animação clássica sempre pareceu ter uma maldade nata em seu coração. 

Três anos depois do filme, leio o livro que foi escrito pela maravilhosa Elizabeth Rudnick (que já resenhamos suas adaptações de "Frozen" e "A Bela e a Fera" aqui no site). Seu ponto de vista sobre as coisas pode mudar depois que você lê um livro muito bem adaptado de um filme. Falarei mais sobre minhas impressões já já...

Assim como todos os livros escritos por Elizabeth para a Disney - se você já leu os dois citados acima ou viu nossas resenhas sobre eles deve saber -, este aqui também vai além do proposto no filme. Apesar de manter extremamente fiel sua narrativa do filme, Elizabeth sempre coloca sua imaginação nas histórias que escreve. 

O livro começa com a história dos seres que vivem nos Moors, um reino dentro de um reino que é habitado por seres mágicos: fadas, goblins, elfos, etc. Os Moors são afastados dos humanos, que temem a magia. O rei dos humanos odeia o povo mágico por seus poderes, e busca sempre uma forma de destruí-los. 

No meio desta guerra com os humanos, dentro dos Moors vivem Lisandro e Hérmia, duas fadas que apesar de não estarem no roteiro original do filme (vieram da imaginação de Elizabeth, que tirou esses nomes do clássico de Shakespeare "Sonho de Uma Noite de Verão") nos ajudam a contar muito bem esta história. Lisandro e Hérmia são pais de um pequeno bebê fada chamado Malévola. Eles têm como melhor amigo o elfo Robin (personagem também inédito), que após uma tragédia passa a cuidar de Malévola junto do povo das fadas.

Esta introdução nova criada pela autora ajuda a fortalecer a ideia do filme da luta entre humanos e seres mágicos, além de nos revelar quem eram os pais de Malévola, o que é um ponto positivo pra narrativa.


Malévola então cresce e vira uma garota independente e decidida, criada com muito amor pelo povo dos Moors. Um dia, um garoto humano de nome Stefan toma coragem e entra no reino dos Moors para roubar pedras preciosas, e Malévola o encontra na intenção de repreendê-los, mas ambos acabam se tornando grandes amigos. Até que crescem e se apaixonam um pelo outro.


Mas Stefan, que agora adulto trabalha como servo no castelo do rei, mudou completamente seu comportamento com o passar do tempo, mais conectado ao mundo humano que aos Moors e seu povo - e Malévola

Após uma batalha perdida contra os Moors - que fora liderada por Malévola -, o rei Henry decide coroar quem tiver coragem de matar Malévola. Stefan vê então sua grande chance de se tornar grande. Mas como mataria alguém que tanto amou um dia? Seu coração estava tomado de ambição por poder, mas dentro dele ainda não tinha coragem suficiente para fazer tamanha crueldade. Ainda.

Ele seduz Malévola uma última vez e a faz adormecer. Nisso, arranca-lhe algo extremamente precioso que limita seus poderes e a deixa ligeiramente mais fraca. Ele leva ao rei o que roubou de Malévola para provar que a matou, e então é coroado rei.

Nos Moors, o coração doce de Malévola fica preto de fúria. Devastada, traída por seu grande amor, ela elimina de seu coração todo amor que havia antes e mergulha não só a si mesma, mas também os Moors, em uma completa escuridão. 

Quando descobre através de seu mais novo aliado, o corvo Diaval (a quem transforma em humano de vez em quando), que o rei Stefan teve um bebê e dará uma festa de batizado no palácio, Malévola vê sua chance de vingança. Ela invade a celebração e joga uma maldição no bebê para que no pôr-do-sol de seu 16º aniversário, a menina de nome Aurora espete seu dedo numa roca de fiar e morra. 


Stefan pede para que Malévola revogue a maldição, e após rebaixar-se publicamente a ele, Malévola decide que a princesa adormecerá até que um beijo de amor verdadeiro a desperte. Malévola não acredita que exista o amor verdadeiro - não mais - e por isso acha impossível que sua maldição seja quebrada.

Para proteger a filha, o rei decide entregá-la a três fadinhas desastradas para que elas levem a bebê para a floresta e a escondam de Malévola. Mas Malévola sabe onde é que estão escondidas, e passa a visitar o bebê dia após dia, espiando-o de perto.

Mas Malévola não esperava que Aurora fosse completamente diferente de seu pai, que tivesse um coração puro e uma bondade interior capaz de reviver o mais escuro dos corações. Se ela se afeiçoar demais à menina e tentar anular a maldição antes de seu aniversário de 16 anos, será que conseguirá? Malévola entra em um dilema e precisa descobrir em seu interior se vale realmente a pena vingar-se de Stefan. A quem isso fará bem?


Com relação à escrita do livro, quem acompanha as resenhas aqui do site sabe o quanto eu amo a escrita de Elizabeth Rudnick. Ela é excelente no que faz, não só por escrever muito bem, mas também por imaginar o que não foi contado na história principal e entrar profundamente nas emoções dos personagens. Em uma história cuja vilã acaba sendo a protagonista - e nesta versão da história também sendo boa -, as emoções da personagem são fundamentais para enriquecer ainda mais a história e nos fazer entender melhor cada personagem, e isso Elizabeth faz muito bem.
Um detalhe muito interessante sobre isso é que Elizabeth recebeu o roteiro do filme para escrever o livro antes do lançamento do filme nos cinemas. Assim, as cenas que foram deletadas do filme (que você pode assistir nos bônus especiais do Blu-ray do filme clicando AQUI) mas que estavam no roteiro original estão presentes no livro, o que é muito bacana, pois são cenas que complementam bem a história (e que eu não sei por que foram cortadas).


Sobre meu parecer final da história de "Malévola", após a leitura do livro revi o filme. Acabei gostando um pouco mais, pois o ponto de vista das coisas acabam mudando. Talvez você não perceba de primeira, mas a história mostra que o que nos contos de fadas eram considerados grotescos, acabam não sendo nada disso no final. O fato de Malévola ser uma fada diferente, com chifres e asas medonhas, ter em sua companhia árvores de aparência monstruosa e javalis nojentos não faz dela nem dos demais seres ruins. No outro lado dos Moors temos o rei Stefan, que aparentemente deveria ser bondoso, e as três fadinhas que cuidam de Aurora, que são tolas e atrapalhadas (e insuportáveis em alguns momentos). É uma inversão de papéis - o que antes era encantado acaba sendo considerado antagonista, e o que era grotesco acaba sendo protagonista. Mesmo boa, a Malévola desta versão continua sarcástica e poderosa como tem que ser. Ainda assim o roteiro tem muitas falhas na história, mas o livro me fez gostar um pouquinho mais do filme. Se você amou o filme, vai amar ainda mais o livro, principalmente por levar a história além do que é mostrado na versão final do filme.

Dito isso, minha nota para o livro é

de um total de 5 pontos - muito bom!

ONDE COMPRAR:

Assista ao filme clicando AQUI!

Para conferir nossas resenhas anteriores, clique AQUI!


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